Você sabe o que é governança corporativa e por que ela é tão importante para o sucesso e a sustentabilidade das organizações?
Neste artigo, vamos explicar o que são gestão e governança, como esses dois conceitos se relacionam e como as empresas brasileiras podem se adaptar a eles para se destacar em um cenário de constantes mudanças e incertezas. Acompanhe.
Em princípio, podemos definir governança corporativa como o conjunto de práticas, normas e estruturas que regulam uma organização, visando a transparência, a responsabilidade, a equidade e a eficiência, tanto nas relações internas quanto no ambiente externo.
Seu principal objetivo é alinhar os interesses dos acionistas, gestores, colaboradores, clientes, fornecedores, credores, governo e da sociedade em geral, buscando criar valor sustentável para todos os envolvidos no negócio.
Essa ferramenta é baseada em dois pilares principais, a saber: gestão e governança. O primeiro diz respeito ao conjunto de processos, técnicas e práticas que visam planejar, executar, monitorar e avaliar as atividades da organização. O segundo, por sua vez, refere-se ao sistema de regras, normas, princípios e valores que orientam as decisões e as relações entre os diferentes atores envolvidos na organização.
Versátil, a governança corporativa pode ser aplicada em qualquer tipo de organização que vise o crescimento sustentado.
Embora cada tipo de empresa tenha suas particularidades e desafios, todas podem se beneficiar de uma boa gestão e governança.
Afinal, quando bem aplicados, ambos os conceitos oferecem diversos benefícios que influenciam positivamente no desempenho, na competitividade, na reputação, no crescimento e na longevidade das organizações:
O cenário atual é marcado por diversas mudanças rápidas e complexas nos aspectos jurídicos, societários, operacionais e macroambientais que afetam as organizações. Como exemplos de mudanças podemos citar:
Essas mudanças trazem novos desafios para a gestão e governança das empresas brasileiras, principalmente as do setor industrial. Dessa forma, é importante que as organizações busquem caminhos estratégicos para aproveitar as oportunidades e superar as dificuldades, mantendo uma liderança eficaz e uma operação empresarial bem-sucedida.
As empresas brasileiras precisam adotar uma postura proativa, flexível e resiliente, buscando aprimorar suas práticas de gestão. Algumas ações que podem contribuir para isso são:
A inovação é a capacidade de criar ou melhorar produtos, serviços, processos ou modelos de negócio, para que atendam às necessidades dos clientes e do mercado de forma diferenciada, eficiente e sustentável. Para que isso seja possível, as empresas devem:
Cabe ressaltar que a inovação também envolve a capacidade de aprender com os erros, experimentar novas soluções e incorporar as melhores práticas do mercado. Ela é essencial para que as empresas se mantenham competitivas, relevantes e rentáveis no longo prazo.
O planejamento estratégico diz respeito ao processo de definir os objetivos de longo prazo da empresa, as metas para alcançá-los e os recursos necessários para executá-las. Em outras palavras, é a definição da missão, da visão e dos valores da empresa, que devem ser refletidos em todas as atividades da organização.
O planejamento estratégico é fundamental para que a empresa tenha uma visão clara de onde e como vai chegar e quais são os desafios e as oportunidades que vai encontrar pelo caminho. Ele deve ser participativo, envolvendo os diversos níveis da organização e os stakeholders relevantes.
Um dos maiores desafios da gestão e da governança corporativa é a sucessão familiar, ou seja, o processo de transição do comando da empresa de uma geração para outra. Esse, aliás, é um momento crítico para a continuidade e o crescimento da empresa, pois envolve questões emocionais, patrimoniais, tributárias, jurídicas e organizacionais.
No entanto, a sucessão familiar também pode ser vista como uma oportunidade para vencer os desafios e aproveitar as oportunidades de mercado, principalmente se for planejada e executada adequadamente. Algumas dicas para uma sucessão familiar bem-sucedida incluem:
Em primeiro lugar, é importante compreender que a sucessão não deve ser deixada para a última hora, mas deve ser planejada com antecedência. O planejamento deve considerar os cenários possíveis, os critérios de escolha, os perfis dos sucessores, as competências necessárias, os interesses dos familiares e dos demais stakeholders.
Também é importante destacar que a sucessão deve ser acompanhada de uma profissionalização da gestão e da governança, por meio da adoção de práticas que visam aumentar a eficiência, a transparência e a sustentabilidade da empresa.
Isso pode envolver o desenvolvimento de competências técnicas, a contratação de executivos externos, a criação de um conselho de administração independente, a implantação de um código de conduta, a elaboração de um manual de governança, entre outras medidas.
Finalmente, a sucessão não deve significar uma ruptura ou uma perda dos valores e da cultura organizacional, mas sim uma evolução e uma adaptação aos novos tempos. Ou seja, os sucessores devem respeitar e valorizar a cultura da empresa, mas também devem estar abertos às mudanças necessárias para manter a sua relevância e competitividade.
Esses são alguns exemplos de caminhos estratégicos que podem auxiliar as organizações na governança corporativa. No entanto, cada organização deve encontrar o seu próprio caminho, de acordo com o seu contexto, o seu propósito e os seus valores.
O importante é que a gestão e a governança sejam vistas como elementos essenciais para o sucesso e a sustentabilidade das organizações, e não como meras formalidades ou obrigações.
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